Álvaro de Campos é, entre os heterónimos, aquele que mais cresce e se desenvolve, mostrando tantas matizes quanto as do seu demiurgo. Desde o Campos simbólico, passando pelo Campos futurista e acabando no Campos metafisico, este autor oferece-nos uma panóplia de perspectivas para o lermos e analisarmos. É esta vida em papel que tanto tem sucedido em atrair cada vez mais leitores para Pessoa, muitos deles começam com Campos e terminam com Campos, pois é ele que se aproxima do mais terreno que há na obra de Fernando Pessoa. É pois assim natural que nos sentimos próximos ao seu temperamento inconstante.
Álvaro de Campos é um dos maiores ritmistas que jamais houve.
É o mais violento de todos os escritores. O seu companheiro Whitman é tímido e calmo comparado com ele. Mas o mais turbulento dos dois poetas é o mais autocontrolado. É tão violento que parte da energia dessa violência é aproveitada para disciplinar a sua própria violência.
[I. I. Crosse in Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa. Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990]
É o mais violento de todos os escritores. O seu companheiro Whitman é tímido e calmo comparado com ele. Mas o mais turbulento dos dois poetas é o mais autocontrolado. É tão violento que parte da energia dessa violência é aproveitada para disciplinar a sua própria violência.
[I. I. Crosse in Pessoa por Conhecer - Textos para um Novo Mapa. Teresa Rita Lopes. Lisboa: Estampa, 1990]